segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Roseira

Faz tanto tempo que não escrevo nada aqui... Suspeito até que perdi o jeito, mas, vamos lá!

Ontem sonhei que passava por um jardim enorme e diverso.
Eu não seria capaz, porém, de descrevê-lo com precisão. Era de uma beleza grande demais para ser descrita com palavras. Havia, se muito, uma ou duas plantas de pouca beleza, e estas quase não eram notadas, tamanho era o espetáculo que as cercava.
Bem no canto havia uma roseira. Não a notei logo a princípio. Ela ficou em seu canto, na sua, e por fim, a vi. Era realmente muito linda, e exalava um perfume tão puro que me fez feliz quase instantaneamente.
Era tão pura, tão simples e bondosa que a amei assim que coloquei meus olhos nela.
Eis aí o grande problema que toma meus pensamentos. A roseira me olhou nos olhos e por um segundo achei que ela também me amava, no outro achei que não. E assim entre olhares ficou a minha vida... O mesmo olhar que me parte o coração, um minuto depois me enche de esperança e trás de volta ao sol a luz que ele mesmo roubou.
E me pego com ciúmes da roseira que não me pertence. E me revisto de alegria quando um vento trás seu cheiro pra perto de mim. E meus olhos sorriem em resposta aos seus olhares, e às suas palavras. E mesmo nessa confusão de ciúmes, tristeza, alegria e esperança... Eu a amo, plena, profunda e desgraçadamente.

                                                                                                         Érica Rodrigues

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