0 ACENDEDOR DE LAMPIÕES
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!
Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
A medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.
Triste ironia atroz que o senso humano irrita: -
Ele que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita,
Tanta gente também nos outros Insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua!
O que eu mais gosto nessa poesia é que ela fala de alguém que leva luz, felicidade, para as outras pessoas, mesmo não tendo isso onde habita, ou dentro de si.
Nenhum comentário:
Postar um comentário