Eu sempre achei que pra amar direito a gente precisava fazer barulho, gerar alarde. E fiz assim por muito tempo. Gritei por cima de telhados, publiquei nos jornais e revistas, coloquei anúncios nas rádios e compus canções.
Mas um dia eu expliquei pra um moço desconhecido o que eu achava do amor e ele riu pra mim e balançou a cabeça negativamente. Não me disse, no entanto, qual era a sua opinião. O moço desconhecido virou um moço conhecido e nunca me falou as suas teorias sobre o amor. Acabei por descobri-las assim mesmo. Ele ama baixinho, como o Quintana mandou. Agora eu vejo que esse é um ótimo jeito de se amar.
Sofri, chorei e aprendi a amar baixinho também, sem chamar atenção, tranquilamente. É bem menos visceral, mas infinitamente mais seguro e sólido. Esse amor baixinho consegue povoar os meus sonhos todas as noites e preencher os meus sorrisos todos os dias sem levar nenhum pedaço de mim, sem me ferir.
Eu devia mesmo era ter ouvido o Quintana desde sempre, mas nunca fui boa em ouvir ninguém...
E chego ao motivo dessas linhas: saudar o amor-sussurro que suturou as minhas feridas, curou-me daqueles terríveis infartos sentimentais e me ensinou o jeito mais lindo de se amar!
Uau! que lindo... que saudade!!!
ResponderExcluirTexto para admirar à sombra de um ipê amarelo
ResponderExcluirAinda é, no mesmo Ipê amarelo
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