quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O Relógio

Esse poema eu li num livro escolar há um bom tempo atrás, e achei curioso o modo como ele aborda o tema da efemeridade da vida:


O Relógio

“Diante de coisa tão doida
Conservemos-nos serenos

Cada minuto da vida
Nunca é mais, é sempre menos

Ser é apenas uma face
Do não ser, e não do ser

Desde o instante em que se nasce
Já se começa a morrer”

                               Cassiano Ricardo


O modo que a gente encara a vida, e a morte, é de cada um, mas a gente deve tentar ver o copo meio cheio. É de mim, sempre foi, tentar trabalhar com os fatos e aproveitar o que há de bom em cada situação, seja ela qual for. É muito típico a gente maldizer a vida, mas, se formos parar para pensar, ela é algo realmente espetacular. Os amores, os amigos, os momentos felizes, e mesmo os tristes, sempre nos ensinam alguma coisa, a vida sempre está pronta para ensinar-nos, e cabe a nós o aprendizado.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Carlos Drummond de Andrade

“Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons.”
Carlos Drummond de Andrade

- Eu estava procurando uma frase sobre a vida para postar aqui, e essa, terei de confessar, veio muito a calhar. Uma vez eu perguntei a um amigo, uma coisa simples que o fazia feliz, e ele me respondeu: - Biscoito. 
Na hora achei engraçado, mas depois, pensando, percebi que ele tinha toda razão. 
Coisas realmente muito pequenas são capazes de nos fazer felizes e nos proporcionarem momentos de intensa felicidade, momentos inesquecíveis. 
O problema muitas vezes está no fato de que a gente não presta atenção e não dá valor às pequenas coisas, tão preocupados que estamos com os problemas e a correria do dia-a-dia. Por isso que, segundo o poeta, quando somos crianças ou idosos, somos capazes de dar valor e perceber esses pequenos acontecimentos que fazem a vida tão especial.



quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

"Soneto 66" - William Shakespeare

Pessoal, há tempos que eu venho querendo escrever sobre esse poema, desse vídeo...
Para melhor compreensão de vocês, eu vou postar também o poema escrito, mas peço que vocês assistam ao vídeo:


"Farto de tudo, clamo a paz da morte 
Ao ver quem de valor penar em vida 
E os mais inúteis com riqueza e sorte 
E a fé mais pura triste ao ser traída
E altas honras a quem vale nada 
E a virtude virginal prostituída 
E a plena perfeição caluniada 
E a força, vacilante, enfraquecida
E o déspota calar a voz da arte 
E o néscio, feito um sábio, decidindo 
E o todo, simples, tido como parte 
E o bom a mau patrão servindo
Farto de tudo, penso, parto sem dor 
Mas, se partir, deixo só o meu amor."



Eu adoro esse soneto porque ele se enquadra bem na sociedade atual. O poeta critica a injustiça da vida no geral, a imoralidade da sociedade e o governo opressor.
E se formos ver, as críticas dele são extremamente pertinentes, pois, o trabalhador sofre todos os dias na labuta, e nunca consegue ser mais que um reles empregado; enquanto outros, nada fazem de proveitoso e vivem a nadar em dinheiro (certos políticos, por exemplo).
A sociedade está cada vez mais sem princípios, a moralidade e a honra estão se perdendo, e ninguém parece fazer nada para impedir.
Quanto à cultura, essa está cada vez mais sendo destruída, não só pelo mundo globalizado, como por influência da ausência de moral que rege a sociedade. Eu luto todos os dias contra isso, quando escrevo aqui, tentando resgatar o que há de bom na cultura, e que está cada vez mais esquecido.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Caetano Veloso - Força Estranha

Essa música do Caetano ficou conhecida na voz do Roberto Carlos; eu, particularmente, prefiro o Caetano cantando.
Bom, o que me faz gostar dela é o fato de que ela fala sobre a vida. Fala sobre a efemeridade da vida, e de como o tempo passa rápido, e tudo passa rápido, e a gente tem que saber aproveitar as coisas boas, as coisas certas; de como as pequenas coisas são as que realmente importam e nos fazem felizes. Espero que apreciem:

J. K. Rowling

- Bom pessoal, desculpem pela demora em postar mais textos, é que eu estava em período de vestibular...

E sim, podem me prender agora, mas eu vou sim escrever sobre Harry Potter, mais especificamente sobre o livro Harry Potter e o Enigma do Príncipe. Eu resolvi reunir aqui algumas frases legais que existem no livro, pra compartilhar com vocês. Espero que gostem ;*

"Era, pensou Harry, a diferença entre ser arrastado para a arena para enfrentar uma luta mortal e entrar nela de cabeça erguida. Algumas pessoas diriam, talvez, que a escolha era mínima, mas Dumbledore sabia - e eu também, pensou Harry, com súbito orgulho, bem como meus pais - que aí residia toda a diferença do mundo."  Pág. 402

"Em algum lugar lá fora, na escuridão, uma Fênix cantava de um jeito que Harry jamais ouvira: um lamento comovido de terrível beleza. E ele sentiu, como antes sentira ao ouvir o canto da fênix, que a música vinha de dentro e não de fora dele: era o seu pesar que se transformava magicamente em canto, ecoava pelos jardins e entrava pelas janelas do castelo."  Pág. 483

"Dumbledore teria sido o mais feliz dos homens em pensar que havia um pouco mais de amor no mundo"  - Pág. 490

"[...] E, hora a hora, ele adiava dizer o que sabia que devia dizer, fazer o que sabia que era certo fazer, porque era difícil abrir mão de sua maior fonte de consolo."  - Pág. 497

"Embora houvesse momentos em que a brutal realidade do acontecido ameaçasse esmagá-lo, havia lacunas de insensibilidade durante as quais ele ainda encontrava dificuldade em acreditar que Dumbledore realmente partira, apesar de não falarem outra coisa no castelo."  - Pág. 500

"[...] Ele e Dumbledore haviam discutido as razões de se travar uma luta perdida. Era importante, dissera Dumbledore, lutar, e recomeçar a lutar, e continuar a lutar, porque somente assim o mal poderia ser acuado, embora jamais erradicado..."  - Pág. 504

"Tinha de abandonar a ilusão que já devia ter perdido com um ano de idade: que a proteção dos braços paternos significava que nada poderia atingi-lo. Neste pesadelo não haveria despertar, não haveria sussurro tranquilizante no escuro dizendo-lhe que, na realidade, estava seguro, que era tudo sua imaginação; o último e maior de seus protetores morrera, e ele estava mais sozinho do que jamais estivera."  - Pág. 505