O vídeo que se segue é um trecho do livro O Pequeno Príncipe. Há nesse trecho uma frase da qual eu gosto muito, é a seguinte: "Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla."
Eu acho essa frase de uma grandeza sublime, pois quando amamos algo de verdade, tudo o que queremos é ver o fruto desse amor bem, e contemplá-lo. Saint-Exupéry descreve isso com maestria no vídeo, certamente melhor do que eu... Espero que gostem =* :
"Existem vários corações batendo dentro do peito de um ser humano. Corações de éter, de neve, de inverno, de gelo. Corações frios em busca de sentimentos que os aqueçam baseados em sentimentos muito mais fáceis de ser cantados do que realmente sentidos. De manifestações humanas que extrapolam o conceito científico e promovem sensações e entendimentos que aproximam aquele que é criado de seu Criador. Essas sensações nascem primeiro da dúvida promovida pela dor e fazem o mundo parecer menor do que é. E fazem também parecer a vida desse tamanho. Entretanto, nenhuma pessoa deveria acreditar que existe tamanho para a vida, ou um tamanho para o mundo, ou para a energia que move esse mundo.
Pois o homem sobrevive através do trabalho, mas vive através do sonho.
E o sonho nasce de sentimentos que só podem ser despertados através de uma busca. São sentimentos que nascem de uma resposta para uma dúvida que assola cada criatura oriunda de uma criação. Uma dúvida pela qual alguns homens poderiam morrer.
E muitos outros poderiam viver.
Mas quem seria capaz de morrer, ou viver, por uma pergunta e uma resposta? A resposta: depende da pergunta. Mas depende muito mais da própria resposta.
Uma resposta de uma dúvida ansiada por mortais e por semideuses. Uma resposta procurada por criaturas e por criadores, em diversos locais onde ela não está.
Uma resposta capaz de mudar o mundo.
Quantas guerras serão necessárias para que tenhamos um pouco de paz?
Uma. No fim de todas as contas, será preciso apenas uma. Em longas trincheiras rodeadas por egos humanos.
Dentro de cada um dos nossos mais diferentes corações."
Dragões de Éter - Corações de Neve (Raphael Draccon)
- Bom pessoal, eu vou comentar o texto acima... Esse texto tem muito haver com esse momento da minha vida, no entanto, não cabe falar aqui sobre isso; logo, vamos ao que interessa... A verdade é que a gente muitas vezes não sabe como encarar os nossos sentimentos, e na ânsia de sentir, esquecemos que o mundo é mais que isso, que a vida é muito maior.
A maioria das pessoas só percebe o quanto a vida é grandiosa quando dá de cara com a morte, e, acreditem, esse não é um bom momento. Nós nos prendemos demais às coisas, aos amores, como se não existisse nada além daquilo. Na verdade, existe um mundo inteiro a nossa espera, e cabe a cada um fazer da sua vida algo útil e proveitoso.
Eu vejo isso todos os dias... Observando as pessoas, eu vejo como nós desperdiçamos o nosso tempo com coisas sem valor. Vejo também como as pessoas estão cada vez mais egoístas... Todos pensam em si, no entanto, não pensam no peso de suas atitudes, de suas palavras, e como elas podem podem afetar as outras pessoas. Pois sim, temos que pensar nas outras pessoas, em especial naquelas que gostam de nós, pois, da vida a gente só leva os afetos, os momentos, e as alegrias.
Porque existem guerras? É simples... Pelo fato de que antes de atacar, as pessoas não se imaginam no lugar do atacado, não pensam que ele também tem afetos, e pessoas que o amam. Porque na maioria das vezes o ego é muito maior que a razão, que a compaixão. É muito difícil viver, porém, é infinitamente mais difícil viver com dignidade, com hombridade. Essa é a nossa busca, ou deveria ser, pelo menos... Ser alguém de quem as pessoas tenham orgulho de lembrar, alguém que não tenha vergonha dos próprios atos, e possa bater no peito e dizer que VIVEU, porém viveu como um homem de verdade.
Bom pessoal, por razões que até eu mesma desconheço, eu resolvi fazer uma postagem sobre os que eu considero grandes casais da literatura, organizando-os em ranking. Porém eu vou dividir a postagem em duas partes, a literatura convencional e a literatura adolescente, pois acredito que assim vai agradar mais a vocês, eu espero que gostem! ;D
1. O Pequeno Príncipe e a rosa (O Pequeno Príncipe – Antoine de Saint-Exupére)
Esse casal é um pouco controverso por ela ser uma rosa. No entanto, eu tive que colocá-los em primeiro lugar, pelo amor que ele tem a ela. Esse amor supera o fato de ela ser orgulhosa e esnobe, pois mesmo assim, mesmo ela o tratando mal às vezes, ele tenta protege-la, se preocupa com ela, e acaba voltando para cuidar dela . Uma frase desse livro que eu gosto muito é a seguinte: "Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla."
2. Bentinho e Capitu (Dom Casmurro – Machado de Assis):
Esse casal está no segundo lugar mais pela parte do livro em que eles são jovens do que pelo resto. Eu gosto muito da história deles e de como é puro o amor dos dois quando adolescentes.
Bentinho e Capitu eram vizinhos e brincavam juntos, porém com o passar do tempo se apaixonaram, e a narrativa é extremamente meiga, o modo como ele descreve os olhos e as feições dela, as travessuras da meninice dos dois, me encanta profundamente.
3. Romeu e Julieta (Romeu e Julieta – Shakespeare):
Bom, eu não coloquei esse casal em primeiro lugar porque eu acho meio irreais alguns pontos da história e porque se eu o fizesse, seria apenas por clichê. Apesar disso, eu aprecio muito essa história e esse autor, e acho que o amor dois é um dos amores mais bonitos e arrebatadores que eu já tive o prazer conhecer.
4. Peri e Ceci (O Guarani – José de Alencar):
Bom, sendo honesta com vocês, eu não li esse livro, porém, resolvi coloca-los em quarto lugar porque acho a história legal. Como eu não tenho muito a falar sobre eles, resolvi colocar um vídeo:
5. Meggie e Ralph (Pássaros Feridos - Colleen McCullough)
Esse livro foi um dos melhores que eu li. Essa história é muito polêmica porque Ralph é padre e conhece Maggie quando ela ainda é criança, participando da criação dela. Porém, quando ela vai crescendo, eles vão se apaixonando, e esse amor é maior que eles, mas não consegue ser maior que Deus. Apesar de ter muito sofrimento, a história é linda e eu realmente recomendo.
6. Eugênio e Margarida (O Seminarista – Bernardo Guimarães):
Esse casal é a minha menina dos olhos. Eu li esse livro na oitava série e me apaixonei pela história. Eugênio e Margarida foram criados juntos, porém se apaixonaram. Ele, no entanto, acabou indo para o seminário por vontade dos pais e os dois se separaram. Apesar do final não ser feliz, (Não vou contar como termina a história, mas eu recomendo, leiam!) eu acredito que o amor deles é muito verdadeiro e puro.
7. Olga e Prestes (Olga – Fernando Morais)
O livro é baseado na história de Olga Benário e Luiz Carlos Prestes, e eu sou muito fã deles dois. Olga foi fiel a Prestes até o último segundo de sua vida, e foi sem dúvida o primeiro e grande amor da vida dele. Eles sofreram demais, porém não perderam a honra e a dignidade em momento nenhum. Um dos textos mais bonitos que eu li, foi a última carta que Olga escreveu a Prestes e a Anita, filha dos dois, horas antes de ser executada em uma câmara de gás. Eu recomendo esse livro, leiam, pois ele é uma lição de vida.
8. Lúcia e Ruy (Queridos Amigos – Maria Adelaide Amaral)
Eu tinha que colocar algum casal desse livro, e escolhi Lúcia e Ruy porque eles são um casal muito sereno. Se você ler o livro, ou assistir à minissérie Queridos Amigos, vai ver que esse casal parece possuir até certo ponto, um casamento perfeito, ou quase.
9. Brás Cubas e Virgília (Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis)
Esses dois, apesar de não serem casados na história,formam um belo casal. Terei de confessar que essa não é a minha obra preferida do Machado de Assis, mas é muito boa.
10. Dante e Beatriz (A Divina Comédia – Dante Alighieri)
Bom pessoal, faz um bom tempo que eu li esse livro, porém ele é um marco na literatura mundial. O amor de Dante (o nome do autor também é Dante, porém ele aparece no livro como personagem) por Beatriz é tanto, que ocorre uma mitificação da figura dela na obra, como se ela fosse quase uma deusa.